A astronomia é a ciência que estuda as
estrelas e os planetas e para isso é necessário englobar outras ciências:
Física, Química, Matemática e Biologia. O estudo da astronomia junto a biologia
pode ser chamado de Astrobiologia, é uma área que busca entender e explicar a
origem da vida na Terra, além da busca pela vida em outros planetas e com isso
compreender a origem e a evolução do universo.
A busca pela vida fora da Terra é o trabalho
dos astrobiólogos, que procuram compreender a origem, evolução, distribuição e
destino da vida no Universo. Para atingir este objetivo, é necessário um
esforço de pesquisadores de diferentes áreas que, trabalhando juntos, resolvem
problemas dos campos da astronomia, física, química, biologia e geologia.
Há atualmente na NASA um
vasto projeto de estudos e pesquisas neste campo. Em várias universidades do
Planeta há estudiosos atentos a este tema, e já é possível encontrar vários
cursos de graduação nesta área. A Astrobiologia tende a crescer nos próximos
anos; há previsões inclusive de que ela venha a se converter no ramo mais
ativo, estimulante e fascinante da Astronomia.
Recentemente os astrônomos encontraram no
Universo a presença de mais de oitenta planetas, exteriores ao Sistema Solar, o
que reforça a certeza de que no Cosmos pode haver inúmeros astros e aumenta a
possibilidade de se encontrar planetas como o nosso, igualmente habitados. Ou
seja, torna-se mais viável a existência de ambientes que preencham os
requisitos necessários para o florescimento da vida.
No Brasil, a Astrobiologia está apenas
começando. Em 2006, o País teve o seu primeiro workshop na área, atraindo cerca
de 80 pesquisadores interessados e com projetos já em andamento. Logo em
seguida, foi montado o primeiro grupo de estudos em Astrobiologia do Brasil,
cadastrado no CNPq sob o nome Astrobio Brazil e coordenado pelos professores
Eduardo Janot Pacheco (IAG-USP) e Claudia Lage (UFRJ).
Em Biologia, os avanços têm sido no estudo da
vida como ela existe na Terra, e através dos seus limites, explicar se a vida
poderia existir em outros planetas. Por isso, vários biólogos têm estudado a
vida em ambientes extremos - desertos, pólos, vulcões, fundo dos oceanos, fundo
da terra - pois esses organismos, os extremófilos - seriam capazes de
sobreviver ao estresse imposto pelas condições espaciais ou de alguns planetas,
como Marte.
A Rede Brasileira de Astrobiologia (RBA) buscará
organizar e aumentar a integração da comunidade científica da área no país,
viabilizando a divulgação de eventos e oportunidades de cooperação em pesquisa.
É voltada a pesquisadores, docentes e estudantes de graduação e de
pós-graduação que atuam em pesquisa, ensino ou divulgação da astrobiologia no
Brasil ou no exterior.
A rede foi criada no fim de maio por
pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), do Núcleo de
Pesquisa em Astrobiologia da Universidade de São Paulo (NAP-Astrobio/USP) e do
Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), além da contribuição de membros
de instituições de diversos estados.
Os integrantes da RBA pretendem igualar as
ações da astrobiologia brasileira às de outros países, organizando,
sistematizando e ampliando as conexões científicas dos profissionais em
território nacional, além de ampliar o reconhecimento de estudos na área em
outras partes do mundo.
Dois dos coordenadores e fundadores, Douglas
Galante e Fábio Rodrigues, são ligados ao LNLS, um dos quatro laboratórios
nacionais administrados pelo Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais
(CNPEM), organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação (MCTI).